Fácil de entender (...?)

Talvez por não saber falar de cor, imaginei...
Talvez por saber o que não será melhor, aproximei...
Meu corpo é o teu corpo,
O desejo entregue a nós..
Sei lá eu o que queres dizer.
Despedir-me de ti, Adeus, um dia voltarei a ser feliz.
Eu já não sei se sei o que é sentir o teu amor.
Não sei o que é sentir...
Se por falar, falei, pensei que se falasse era fácil de entender.
Talvez por não saber falar de cor, imaginei...
Triste é o virar-te costas, o último adeus.
Sabe Deus o que quero dizer.
Obrigado por saberes cuidar de mim, tratar de mim, olhar pra mim...
Escutar quem sou. E se ao menos tudo fosse igual a ti.
Eu já não sei se sei o que é sentir o teu amor.
Não sei o que é sentir...
Se por falar, falei, pensei que se falasse era fácil entender.
Eu já não sei se sei o que é sentir o teu amor.
Não sei o que é sentir...
Se por falar, falei, pensei que se falasse era fácil de entender.
É o amor que chega ao fim. Um final assim-assim. É mais fácil entender.
Eu já não sei se sei o que é sentir o teu amor.
Não sei o que é sentir...
Se por falar, falei, pensei que se falasse.. É mais fácil de entender.
Eu já não sei se sei o que é sentir o teu amor. Não sei o que é sentir...
Se por falar, falei, pensei que se falasse era fácil entender.
...
"Fácil de Entender" The Gift
3 Comments:
Adorei o teu blog, deixo-te este poema, que acho que vais amar, para a próxima deixo um de Mário de Sá-Carneiro. Desta tua amiga que nunca deixará de o ser. ARCA
AMO-TE TODOS OS DIAS
Eu quero olhar-te nos olhos,
E ver-te afastar delicadamente o cabelo da cara
Enquanto encostas a cabeça à ombreira da janela da sala,
E agarrar as tuas mãos febris
Com as minhas mãos geladas
E dizer-te que as nossas mãos
São asas com que podemos voar
Para lá da pequenez desta prisão crepuscular,
E mergulhar na magnitude do mistério.
E ouvir-te dizer que voar é impossível
E dizer-te que entre nós não há impossíveis,
E ver-te procurar a serenidade num cigarro
E esconder-te o isqueiro debaixo da manta
Cor-de-fogo que cobre o sofá velho,
E ver-te ir à última gaveta do móvel de carvalho
E acender o teu cigarro com um dos infindáveis
Isqueiros que lá guardas,
E ir à última gaveta da tua alma
E de lá arrancar o teu enigmático sorriso,
E fingir que não percebo que enquanto nos beijamos
Me roubas, sub-repticiamente, o comando da televisão,
E falar-te acerca da rapariga das tranças ruivas
Que aparece, na magia dos meus sonhos,
Sentada no banco do jardim da lua,
E sorrir aos teus ciúmes de alguém que não existe,
E fingir que estou a tossir mais que aflito
E ver-te esmagar bruscamente o cigarro contra o cinzeiro,
E refugiares-te no chã de cereja,
E ouvir-te elogiar as chávenas rubro incandescente,
Que trouxeste da viagem ao México,
Só porque sabes que não gosto daquelas chávenas,
E ver-te despir para tomar banho
E tocar-te como quem lê um poema em Braille,
Como se o teu corpo fosse, simultaneamente,
Uma encruzilhada onde me perco
E um mapa onde me volto a encontrar,
E reter-te por séculos nos meus braços,
E fugir quando alcanças o chuveiro ameaçador,
E esperar ansiosamente que termines o teu banho
E beijar a tua pele húmida quando regressas,
E sorrir ao olhar falsamente ressentido
Que lanças desde o sofá onde estás deitada
Com o cabelo molhado,
E ver-te ceder ao peso das pálpebras
Quando as horas pesam séculos sobre os olhos,
E adormecer junto a mim,
E ser percorrido pela profunda paz
Que emerge da perfeição daquele momento,
Perfeição que, felizmente, não tens:
Gosto de ti, não apesar dos teus defeitos,
Mas com os teus defeitos. Todos.
E tocar-te uma vez mais,
Mas querer também deixar-te dormir,
E acordar antes de ti,
E ir à padaria buscar pastéis de nata
E ver-te deliciar com eles
Sem te importares de semear a cama com migalhas
Enquanto eu me delicio com o teu sorriso,
E ver-te beber sumo de laranja
Segurando o copo com as duas mãos,
E pressentir que te conheço à sete vidas
E que afinal tudo isto faz sentido
Porque tu existes,
E perceber a sorte que tive em te encontrar
No meio de seis biliões de seres humanos.
Eu quero olhar-te nos olhos,
E…
De Gonçalo Nuno Martins, in Nada em 53 vezes
Tinhas razão... Amei.
Who r u?
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