Acabo sempre por regressar... Sempre...!

Se regressar, será aos teus olhos que regresso
Os acasos ardem nos lábios dos amieiros que na margem do rio
Aguardam que regresse. A isso regresso, buscando
Coincidências e nomes, razões. Afasto-me
Provavelmente de ti, embora secretamente.
É por isso estranha a forma como os acasos ardem
Para sempre. A outro rio e sob outras sombras
Regresso, devagar para não ferir o que antes amei
E por quem morri muitas vezes. Agora de novo morro.
E por outro rio regresso até ao lugar onde elas, as aves,
Nascem para não desaparecerem. E isso é como permanecer.
Francisco José Viegas
0 Comments:
Post a Comment
<< Home